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1985 18° Bienal Internacional

      São Paulo - Brasil 

18ª Bienal de São Paulo, Brasil,  1985
Amnon Barzel, 1985.

 

A arte em Israel, em todas as suas fases, desde o começo do século XX, foi sócio-política (no sentido mais amplo desta definição): do primeiro grupo de artistas que se estabeleceram na Palestina para criar “uma arte nova para uma sociedade nova”, através dos chamados Novos Horizontes dos impressionistas abstratos que conduziram a pintura local em direção ao Modernismo e ao estilo internacional, aos jovens artistas dos anos setenta que criaram obras conceituais sobre temas políticos.

As pinturas, esculturas e instalações apresentadas na 18ª Bienal Internacional de São Paulo pelos artistas israelenses expressam um denominador comum existencial característico, baseado em mitologias pessoais, culturais e políticas.

As instalações de parede de Nair Kremer são feitas com relevos simples sobre madeira “pobre” – a fim de criar uma visão ricamente colorida de uma sociedade em crise, de um carnaval vibrante de “joi de vivre”, onde os participantes se movem sobre o fio da navalha. A ambivalência das cenas deriva da metamorfose das figuras humanas para animais e da transformação sutil da expressão que une a alegria e a sensação de desastre.

As instalações de Nair Kremer baseiam-se no conceito de uma visão fragmentária, uma imagem não contínua, que é um dos princípios da arte moderna. Diferentemente da totalidade e harmonia da visão renascentista do mundo (em conseqüência da crença do poder unificado da justiça e segurança), qualquer tendência de vanguarda da era moderna se caracteriza pela visualidade e materialidade fragmentada e descontínua. As pinceladas divididas dos impressionistas, passando pelo Cubismo, trabalhos de colagem, aos trabalhos combinados de Rauschenberg e os novos realistas – todos anunciavam ou testemunhavam o colapso da crença em autoridades divinas e terrestres (apesar de elas testemunharem o crescimento da democracia, que se baseia na descontinuada do poder governante).

As instalações de parede recentes de Nair Kremer, de origem brasileira e atualmente membro de um kibutz, foram precedidas por amplas séries de pinturas que combinavam energia expressionista com imagens apocalípticas da angústia existencial.

 

 

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