Proposal:
REMEMBERING & FORGETTING?
This project in the city of Berlin, specifically in Anhalter Bahnhof station is part of a thread that I have been pursuing for a long time- exhibitions as homage - to Clarice Lispector, Walter Benjamin and mainly to Paul Celan,( this held in 2000 in the city of Cologne/ Koln- Germany).
I’ve been inspired by the statement of Paul Celan's poem “Todesfuge”, and now I will return to the question in the form of an urban intervention, to reflect on the banality of the evil.
The intervention would be the building of a space – kind of booth – with elements that help triggering answers to three questions:
REMEMBERING & FORGETTING?
IF REMEMBERING, HOW?
IF FORGETTING, WHY?
Types of audience addressed to the questions:
-
Passers by
-
People from the university
-
Acquaintances and friends
Work Description
Construction of one or more booths 1,20 m x1, 20m x2m, in wooden structure and plastic walls (the construction of the booth will be done in Germany - other objects/ components of the installation shall be taken by me).
Topics of the project:
-
The banality of evil, as focus.
-
Survey questionnaire addressed to the public.
-
One or more phone booths with the questions mentioned above.
-
Collages in various sizes and uses where elements will also be photos taken from the same train station in behalf of the fall of the Berlin Wall.


Resumo da proposta: Uma instalação interativa com serigrafias de grande formato expostas em espaço público. As pessoas (diversos públicos) participavam por meio de textos e questionários em quatro línguas.
Autores tão diferentes quanto Theodor Adorno, Shoshana Felman e Eric Hobsbawn compreendem o século XX como a “Era das Catástrofes”. Muitos ensaios contemporâneos sobre o assunto vão na direção de extrair da experiência e dos estudos sobre o Holocausto ou Shoá uma perspectiva para analisar o mundo contemporâneo, estrutural e cotidianamente marcado pela violência. E esses trabalhos pautam-se pela convicção de que a Shoá transformou o modo de ação e de reflexão dos precários homens do século XX. Isso porque localizam neste evento o lugar da falência dos ideais iluministas e da desconfiança perante sistemas explicativos totalizadores. Esses pensadores retomam a convicção do poeta Paul Celan de que ninguém testemunha a testemunha, reafirmando o princípio de que ninguém pode falar em seu nome. Desse ponto de vista, formulam-se as questões que atravessam a contemporaneidade: é possível representar o mal absoluto? Como representar a barbárie sem permitir a fruição estética? Como aproximar-se do trauma, individual e/ou coletivo, que está na origem do testemunho? Como descrever a angústia do testemunho que afirma com igual intensidade tanto a impossibilidade de narrar sua vivência como a necessidade de fazê-lo? Passadas três gerações do extermínio em massa que foi a Segunda Guerra Mundial, ficam as perguntas: é possível lembrar do ocorrido, quando os testemunhos do ocorrido estão quase todos mortos? A segunda e terceira gerações pós Shoá podem/devem lembrar de um acontecimento que não experimentaram? É possível lembrá-lo de outras formas? É preciso lembrar ou esquecer?